A vida desse rapaz é cercada de
mistérios, mas ao longo do tempo as peças do quebra-cabeça vão se encaixando.
Lembro-me de ter visto o carro
todo lanternado. Estranho porque o carro, na época era zero. Perguntei o que
houve e me respondeu ter sido uma rara chuva de meteoros que o atingiu quando
passeava pela cidade. Coisas raras acontecem, né? Deixei pra lá.
Até que a verdade veio à tona.
Uma de suas namoradas teve um ataque de ciúmes em plena Avenida 28 de março (nem
sei por que) e com um gradil que estava na rua, detonou o carro.
Outra derrota foi num recente
final de semana onde ele, seu amigo Júnior gordinho (fictício) um que tem o Kadet
branco e Ruy (fictício, foram para Farol beber. Já no fim do dia, bem bêbados
se perderam um do outro e cansado de procurar os amigos, dormiu na areia.
Júnior o encontrou por pura sorte quando resolveu sentar num monte de areia pra
descansar e percebeu que na verdade era pocotó.
O arrastou para a avenida e
aproveitou o caminhão pipa, que vinha lavando a rua, para tentar limpar o
parceiro. Outro amigo, um baixinho de olhos claros que tem um lambari tatuado
no ombro apareceu e aos plantos pocotó gritava:
- Tenho q tomar banho na sua
água, você pega muita mulher.
Ruy, ao ver aquela cena de longe,
tratou de pegar seu carro e partir deixando os dois a pé na praia. Triste mesmo
foi ver os sem vergonha pedindo dinheiro na rodoviária pra poder pagar a
condução.
Porque esse rapaz não para de
beber? Todo verão é isso. Não sai da TERRA DISTANTE.