Por esses dias, fomos patrulhar uma região rural no interior
da África. O grupo era grande e tivemos que nos dividir, tratei logo de puxar o
meu amigo Júlio César (fictício) que me parecia muito operacional já que por
várias vezes fez teste pro BOPE e sempre passou pelas etapas classificatórias. De
pronto pegou a chave da caminhonete e disse que iria dirigir a noite inteira,
pensei que ficaria despreocupado diante de tanta disposição.
Só descobri que me enganei quando depois de meia hora de
patrulhamento senti o carro fazendo um pequeno zig-zag, achei até que estava
testando a direção, pois repito, não tinha nem meia hora de patrulhamento.
Confesso que fiquei um pouco apreensivo com a situação até
que o carro começou a sair da estrada. Olhei pra ele e estava dormindo com as
mãos no volante e pra não lhe dar um susto e num reflexo repentino puxar a
direção fazendo o carro capotar, eu segurei a direção silenciosamente fazendo o
carro voltar para pista. Quando me preparei para acordá-lo, ele sentiu a
presença do meu braço e pasmem, debruçou a cabeça no meu braço como se
fosse um travesseiro.
A caminhonete começou a perder velocidade pra minha sorte e
pra q ele continuasse dormindo tive que permanecer com o braço esticado pra ele
apoiar e ainda tive que ficar fazendo um carinho na cabeça dele.
Esse aí só pode ser caveira na TERRA DISTANTE mesmo.
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