Meu grande amigo A. Marcos (fictício) mais uma vez se
envolveu numa ocorrência inusitada.
A central determinou que procedesse numa rua no interior da
Grécia, para averiguar a denúncia de um pacote deixado numa esquina. O destemido
amigo procedeu de imediato, já pedindo que a central solicitasse o esquadrão
antibomba, pois poderia se tratar de um atentado nuclear.
Ao chegar tratou logo de isolar o bairro fechando as entradas
impedido até mesmo moradores de adentrar o perímetro. Logo após se aproximar do
pacote verificou que não se tratava de
artefato explosivo e sim um ser morto. Tratou de pedir o cancelamento do
esquadrão e pedir então o perito seguido do rabecão.
Mas, com toda a sua experiência em perícia criminal, já foi
adiantando por rádio todas as características da cena:
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- Maré, o pacote se trata de um corpo feminino, estatura
mediana, cor parda, de descendência mameluca, aproximadamente 25 anos. A cena
aqui mostra claramente que se trata de um homicídio praticado pelo marido em
decorrência de traição da mulher. Foram 3 disparos de calibre 380, com munição
gold +P+.
Em segundos, toda a imprensa da cidade estava lá. Toda a
cidade se mobilizou pelo crime bárbaro e hediondo anunciado pelo colega. Supervisão,
comando, comando de área, e até o governador foram acionados.
As redes de TV transmitiam ao vivo enquanto aguardavam a
chegada dos peritos.
Foram deslocados cerca de 20 peritos para fazer uma varredura
no local e coletar o máximo de provas. Depois de muita dificuldade para passar
pela multidão de curiosos os peritos chegaram ao local, e um deles já achou
algo muito estranho. Havia muito pelo na parte que estava à mostra, ao abrir o
pacote à surpresa.
Tratava-se de um cão da raça pastor alemão morto e enrolado
num saco.
Imaginem a reação do público que já estava comovido, dos peritos
que foram deslocados, até mesmo os de folga, dos comandos e da imprensa.
Foi preciso esconder o meu amigo dentro de um saco preto e
conduzi-lo no rabecão para não ser linchado pela multidão.
Perito assim só na TERRA DISTANTE.
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